Os céus da eternidade são os pilares que sustentam o Universo visível. É onde transitam as almas dos que foram salvos pela misericórdia Divina, em intervalos existenciais. Também nos céus, habitam as inteligências incorpóreas, oriundas do Verbo Divino, que serve a Deus em muitos propósitos. São os anjos, arcanjos e serafins. Há estudos específicos que tratam do papel dos céus e explicações lógicas a respeito da sua existência.

Todos os seres vivos são dotados de almas, segundo a categoria a que pertençam. Ao morrerem, suas almas passam certo tempo na dimensão invisível da Criação, os céus da Eternidade, até que o Criador lhes determine uma nova vida. É assim com o homem, com os animais, insetos, plantas e demais seres vivos. Almas moralmente desajustadas ou que tenham cometidos graves delitos contra o próximo, podem ficar retidas por um tempo mais ou menos longo, nos lugares denominados “morte” ou “inferno”. A finalidade dessa espécie de prisão, é corretiva. O apóstolo Pedro afirma que o próprio Cristo, depois da morte física, teria ido a esses lugares pregar as boas novas da liberdade.

Paulo, o apóstolo dos gentios, conta que foi arrebatado em espírito, ao terceiro céu, de onde conclui-se que haveria outros. Quantos céus seriam? A numerologia judaica nos fala de 7 céus. A revelação do Apóstolo é significativa e confirma o princípio de que a Criação de Deus se compõe de uma região visível e outras invisíveis, sobrepostas ou interpostas. Há uma relação entre elas? As Escrituras Sagradas indicam que sim! São 7 os planos existenciais, sendo o Universo visível, o 7º deles. Na concepção tradicional, haveria o mundo visível e 7 céus acima dele, começando pelo 1º, terminando no 7º.

O Espírito de Deus revela um sentido inverso: o 1º céu, é o lugar onde está o simbólico trono de Deus, onde se encontra o Verbo (Logos), de onde a Criação se propaga e sustenta. A região visível seria o 7º plano, onde se exterioriza a magnífica obra do Criador, em constante transformação. Além do trono de Deus (1º Céu), está a morada do Eterno, lugar inacessível ao homem, às concepções, às almas e a tudo o que é de natureza criada.

Nos intervalos de suas existências corporais, as almas que já atingiram o reino da Luz, segundo as palavras do Cristo, servem ao Deus Altíssimo, à semelhança dos anjos. Portanto, não há vida ociosa nos céus, nem eterna contemplação, mas vivências de ocupação, trabalho e iluminação das consciências no despertar para o Eterno Deus e na edificação da civilização a que as almas pertencem. Após incerto período, as almas nascem novamente, animando outros personagens, obedecendo ao grande projeto de Deus, para a construção do futuro. A alma avança constantemente em direção à Luz e perfeição, tendo sua consciência melhorada a cada existência terrena e intervalos que passa nas regiões invisíveis. Pode-se comparar o intervalo existencial de uma alma, a alguém que enfrentou um ano letivo árduo e ao final, recebe um mês de férias, antes de retomar seus estudos. Viver é descobrir o conhecimento.

Logo depois da crise do Juízo Final o mundo será transformado numa nova terra, mas o planeta será o mesmo. Os céus, em torno do mundo, também serão mudados em suas atividades, pois acompanham o evolver do plano visível. Conhecida é a passagem em que a profecia diz que o céu se retirou como um livro que se enrola (Apocalipse 6.14), mostrando as futuras mudanças que ocorrerão. Também Isaías e Pedro confirma essas mudanças, anunciando novos céus e uma nova terra.