A Terra é um dos mundos em que o Criador semeou a vida. É lógico e inteligente entender o Universo como um ambiente cósmico, dotado de outros planetas habitáveis, certamente por humanidades. Também parece sensato aceitar que a vida em outras regiões da Criação se fundamente nos mesmos processos orgânicos existentes na Terra, uma vez que o promotor dos elementos, o Eterno Deus, é o mesmo em todos os lugares imagináveis. Assim, não haveria civilizações com diferenças radicais na constituição corporal de seus membros ou métodos de vida desconhecidos. A natureza é a mesma em todos os lugares e não é necessário ir a qualquer canto do Universo, para saber quais são os elementos químicos lá existentes. Tudo o que existe e o que há por descobrir, está à nossa volta.

Uma civilização demora bilhões de anos para ser estabelecida em determinado planeta. Foi o que aconteceu com a Terra, segundo o que ciência atesta, o que também é confirmado pelas Escrituras, no simbolismo do livro Gênesis. O Universo que vemos é um efeito da mente Divina, causa primária de todas as coisas. As humanidades são constituídas por almas imortais, em regime de despertar consciencial, diante das verdades eternas. As almas não evoluem, pois saem perfeitas do seio de Deus. Despertam gradativamente, compreendendo a grandiosa realidade em que estão inseridas, descobrindo-se filhos do Altíssimo. As almas, vivendo como homens, trabalham na dimensão visível da Criação, alternando com estágios de conscientização e descanso na área invisível.

O mover do tempo leva a realidade, que é o meio material a se modificar. As almas acompanham esse movimento e se aperfeiçoam, ainda que, em certos momentos, aparentemente se corrompam. Tudo é aprendizado! Esse é o móvel de transformação do mundo e do Universo, que a ciência denomina história e evolução.

A gênese de uma civilização é como um projeto a ser desenvolvido por hábil engenheiro, nesse caso, o Criador. Estava previsto escolher um grupo de almas, habitantes desse planeta, para serem, em tempo oportuno, orientadores das nações. Durante milênios essas famílias foram habilmente cuidadas e instruídas como um povo escolhido, de modo que, em determinado tempo, pudesse se tornar a fonte promotora da vida no planeta, divulgando as leis naturais do Criador, para que a civilização pudesse encontrar o caminho para a felicidade.

Nos primeiros ciclos evolutivos de um planeta habitado, os sistemas de vida são primitivos e incapazes de sustentar a civilização. Somente sob a luz do conhecimento eterno o homem logrará sucesso na edificação do futuro, de modo a haver bens e justiça para todos os povos. A história desse grupo de almas escolhidas, está narrada nas Sagradas Escrituras. Este ajuntamento de almas foi denominado “Povo Escolhido, Povo de Deus ou Povo Santo”. Não há nenhuma diferença das outras almas, a não ser pelo fato de terem sido convocados pelo engenheiro Divino, para um serviço de grande responsabilidade. É óbvio que isso se passa sob o conceito de que os homens são almas eternas, vivendo na Criação.

Ao espalhar-se pelo mundo, esse Povo deu origem a uma linhagem de famílias. Os indivíduos que compõe esse “Israel bíblico”, são descendentes do patriarca Abraão, seja por laços biológicos ou pelos do coração. O planeta Terra chega ao fim de mais um ciclo de sua história, para iniciar um outro, de definitiva liberdade. Deus quer chamar a atenção de suas “ovelhas”, membros da família Divina, para que se prepararem diante das dificuldades que brevemente devem chegar ao mundo. Desordem e transtornos devem se instalar nas relações dos homens, atingindo a vida pessoal, familiar e coletiva, até a chegada da Nova Ordem. A crise de exaustão da vida humana é chamada nas Escrituras Sagradas de “Fim do Mundo”. Na verdade, o fim do mundo será a destituição natural da velha ordem, para que os povos e nações avancem para um definitivo tempo de progresso e verdadeira felicidade. Definitivamente será estabelecido o Reino de Deus na Terra.