O livro Êxodo, no capítulo 40, versículos 34 a 37, fala sobre uma das formas que o Senhor utilizava para falar com Moisés, na condução do Povo de Deus no deserto, após a libertação da escravidão do Egito. Eram tempos de enormes dificuldades, mas também de grandes sinais e prodígios do poderoso Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Além dos sinais, porém, havia a Palavra de ordem: Ouve, Israel!
 
O Senhor ordenava que Seu Povo ouvisse as divinas palavras, pois anunciava grandes verdades, estabelecia leis para serem seguidas, mostrava-se para o Povo como o mantenedor de toda ordem nos céus e na terra, e agia rapidamente diante das graves transgressões. Assim foi a vida dos hebreus no deserto por quarenta anos. Moisés permanecia parado com todo aquele povo, enquanto a nuvem cobria o tabernáculo. Porém, quando ela se levantava, todo o acampamento se movia.
 
Muito tempo se passou, o rebanho foi disperso entre povos, nações e línguas, submetido a lutas, vitórias, derrotas e humilhações, passou por reinos justos e injustos, religiões e doutrinas. O Povo foi perdendo sua identidade, esquecendo-se de suas origens divinas e de seu glorioso destino, conforme anunciavam os profetas. Entretanto, aprouve ao Santíssimo, nos dias atuais, reunir um pequeno grupo de ovelhas, em tempo e lugar determinado por Sua Suprema Vontade, para servi-Lo. Esse pequeno rebanho tem recebido do Senhor grandes revelações.
 
No último Encontro de Irmãos em Cristo, na cidade de São José do Rio Preto, SP, realizado no mês de Junho de 2017, com todas as comunidades reunidas, ouviu-se novamente o grito de Moisés, desta vez, saído dos escritos sagrados: Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! E a Verdade de Deus foi anunciada. Conceitos foram modificados, doutrinas de homens enfraquecidas. As novidades chegaram como chuva serôdia, que molha a terra árida. O Senhor falou a seu povo, não mais no monte palpável aceso em fogo, mas na clareza das palavras, com a presença inequívoca do Espírito Santo, distribuindo atributos. Repousou sobre toda a assembleia reunida o espírito de sabedoria, de entendimento, de fortaleza, de conselho e de temor. Todos receberam com alegria o que foi anunciado.
 
Quando Moisés declarava que se moveriam mais uma vez em direção à Terra Prometida, a alegria do Povo era muito grande. A esperança na promessa feita a Abraão era renovada e todas as dificuldades enfrentadas pareciam pequenas diante do grande triunfo que estava por vir. Esse é o espírito que envolve o pequeno rebanho diante das grandes novidades anunciadas. A gravidade dos tempos e a corrupção do mundo não anulou a esperança nas promessas. Pelo contrário. Saber que o glorioso destino do Povo de Deus foi preservado pelo Senhor, apesar de toda a história de desobediência, idolatria e ignorância, é a maior das novidades e grande prova de suas abundantes misericórdias. Ouve, Israel! A nuvem se moveu. Adiante! Sigamos olhando para o invisível, que mostra agora as primeiras cores e raios do amanhecer!

“Então a nuvem cobriu toda a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo; de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo. Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas. Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até o dia em que ela se levantasse” (Êxodo 40.34-37).