Considerando o mover das almas pela história, no que toca ao renascimento sucessivo, elas arrastam consigo o seu passado. Não como lei absoluta, porque muitos atos insanos que a alma cometeu, fazem parte da realidade na qual estava vivendo. A situação se agrava, porém, à medida que a realidade se desenvolve, já que, por causa da consciência e conhecimento do que é certo e errado, as transgressões passam a ser consideradas graves. O fato da alma nascer de novo não zera sua conta, em relação ao que viveu anteriormente. Ela carrega consigo o que sempre foi, sendo alimentada por seu espírito, resultado dessas mesmas obras. Em uma nova existência reveste-se de outra tarefa, mas, na intimidade, sua natureza é mesma de sempre. Isso que dizer que não se pode advogar a causa de que as pessoas sejam iguais, ou que ajam como esperam as religiões. Sendo assim, cada alma tem seu arsenal de pecados, problemas e dificuldades, vividos e construídos ao longo de sua trajetória, que serão superados com a ajuda de Deus. A isso, Jesus chamou de “cruz”. Cada um carregue a própria cruz, ou seja, cada um se conscientize de quem realmente é.