“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.

Essas palavras do apóstolo Paulo aos seus irmãos na despedida em Éfeso jamais fizeram tanto sentido como agora, depois de o 7.º Encontro de Irmãos em Cristo. A ciência revelada pela boca dos profetas trouxe entendimento ainda mais maravilhoso a esse ensino do Apóstolo. Foi-nos revelada a Criação do Universo e das Almas, fagulhas do próprio Criador. A profundidade de tudo o que foi dito não se pode medir agora. Como a Terra espera com paciência o amanhecer, para se beneficiar do calor do sol em todo o seu resplendor, também nós, como Povo Santo, precisamos aguardar que a Luz se faça em nosso ser, de acordo com a ação operosa e graciosa do Espírito de Deus, para melhor compreender a abrangência de tudo o que foi dito.

Todas as coisas se movem dentro de um mesmo princípio, determinado pelo Criador, que em algum momento de sua Divina Vontade, resolveu ferir sua própria Eternidade para que sua Criação tivesse vida. Essa Luz inacessível, no dizer de Paulo, feriu a si mesmo, para gerar um Filho Unigênito e dar vida à sua Criação, sustentando-a incessantemente, trabalhando sem parar em seu Grandioso Projeto, magnitude que nossas mentes ainda não podem alcançar. “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” é o princípio da vida, que deve ser aplicado em todos os aspectos da realidade visível e invisível. O ferimento Divino, gerando a Vida, é um ato extremo de amor por sua obra. Deus doou de si para sua Criação, determinando os tempos e os limites de sua habitação (Atos 17.26).

A alma do Universo é a alma do próprio Deus. A vida que pulsa em todos os lugares, é a manifestação de sua poderosa Mente, dando direção e sentido a tudo o que existe, desde a mais íntima partícula do átomo às grandiosas galáxias com suas magníficas conexões. O Deus que gerou o Universo pode ser contido em alguma doutrina, religião ou mente de homens? O sábio Salomão dizia: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado” (Reis 12.27). Pode ser explicado pela ciência? Ele é quem tudo explica, dando aos homens, acesso à sua mente, para compreenderem os mecanismos da vida e da morte. Tudo o que até hoje é conhecido como ciência jamais foi obra de homens, mas partiu da grandiosa mente do Eterno, por sua “interface” com a dimensão material, o Logos Divino, o Filho Único, o Verbo, manifestação da Eternidade absoluta na eternidade relativa.

As Almas, que existem dentro da Eternidade absoluta, surgem na eternidade relativa para cumprir um grandioso propósito. Porém, como a semente que não sabe de sua natureza divina, quando lançada na terra para ser árvore e dar frutos, assim também, as Almas não compreendem, em princípio, o propósito de quem as gerou. É assim, até que tenham acesso à Mente de onde saíram e possam compreender que são “deuses”. Como fagulhas do Criador, realizam no Universo o plano executado pelo arquiteto de Deus, o Verbo Divino.


Maravilha das maravilhas!
Esta estupenda obra é entregue nas mãos dos homens, feitos à imagem e semelhança do Eterno e seu Verbo (Gênesis 1.26), para felicidade de toda a Criação! Louvado seja o Deus de Israel, de eternidade a eternidade! Bendito sejas tu, Senhor do Universo e de tudo o que nele há! Bendizemos o teu Nome impronunciável, porque tua Grandeza não pode caber na linguagem humana.

Graças te damos, Eterno, por ter te revelado a nós, povo escolhido por Ti, para cumprir teu grandioso e gracioso propósito da construção de uma verdadeira civilização, a Terra Prometida a nossos pais, Abraão, Isaque e Jacó. Adiante nação santa e abençoada, almas da Casa de Davi, seu servo, de onde nasceu o Justo que conduzirá este mundo à maravilhosa Luz do Eterno, até que obtenha a sua alforria. Louvado seja!