A alma é imaterial e eterna, tendo nascido do sopro do próprio Criador. Transita pela história do mundo, no cumprimento de um grande propósito, elaborado por Deus e ainda desconhecido pelos homens. Nasce com todas as prerrogativas do Eterno, sendo ela fragmentação do próprio Verbo, essência de Deus. Quando é lançada para a experiência do despertar, perdendo o Paraíso, na simbologia bíblica, ela mergulha na escuridão consciencial, como se perdesse temporariamente seus sentidos. Ao nascer na carne, a alma traz consigo a marca da morte, o contraponto da vida, chamada erroneamente pela teologia tradicional de pecado original. Nos primeiros tempos da existência da alma no corpo físico, sua experiência é dominada pelos interesses terrenos, consequência da ignorância acerca de sua natureza eterna e do ambiente primitivo onde existe. Mais tarde, na experiência do despertar para a sua condição de filhos de Deus, o progresso a fará perceber a natureza divina, latente em sua intimidade. Toda a história que se desenvolve na Bíblia trata-se do trânsito de um mesmo grupo de almas, fazendo cumprir um plano Divino.