Segundo o relato do capítulo 3 do livro Gênesis, no ambiente do Éden bíblico, há uma serpente dialogando com Eva, sobre comer ou não o fruto do conhecimento. Nesse momento da Criação, as almas ainda estavam no estado virgem, ou seja, sem consciência de suas individualidades. No desenvolver da história, contada nas Escrituras, a figura da serpente toma outras nuanças, e vai sendo fortalecida, até se manifestar nos tempos de Jesus, como Satanás, o príncipe do mundo. Mais tarde, no desenvolvimento da teologia cristã, os teólogos criaram uma horrenda e ameaçadora figura, com rabo, chifres e tridente, como representação do diabo. A menos que se acredite em fadas, duendes e outras fantasias do imaginário das crianças, certamente há de ter outra explicação para o fato de haver uma serpente no paraíso bíblico. Satanás nada mais é do que o espírito das obras dos homens, ao longo de toda a história desta humanidade.