Ao dizer que “somos mais do que vencedores” (Romanos 8.36-37), Paulo não se referia a vitórias relacionadas com as coisas do mundo. Não são poucos os que usam da Palavra de Deus de maneira distorcida, para justificar as coisas loucas que fazem nas chamadas igrejas evangélicas. Basta ligar a TV para ver a triste situação em que se encontra o Povo de Deus, sendo enrolado por pastores que pregam a busca pela prosperidade e por milagres insanos. Como já afirmamos cada um é livre para fazer o que bem entende. Embora não pareça, este é o espírito da apostasia. Não podemos nos esquecer, porém, que na terra do Senhor, o semear é livre. Colher o que se semeia, é obrigatório. Portanto, o juízo vem sobre toda a humanidade e vai começar pela Casa do Senhor.
 
Nós, que somos o Povo Escolhido, amamos a Deus e a Jesus Cristo. Devemos abrir olhos e ouvidos; dilatar mentes e corações, para não sermos enganados com as multidões. O Povo de Deus não tem uma denominação específica. Está em todos os lugares, frequentando uma ou outra igreja, e mesmo não frequentando igreja alguma. Sabe que a vida não tem sentido, se não for baseada nas promessas de liberdade e salvação, feitas pelo Pai Celestial desde as antigas gerações. Sendo assim, as ovelhas do Senhor, independente de estarem aqui ou acolá, precisam acordar do sono letárgico que Satanás impôs à igreja. É urgente perceber o chamamento de Deus e conhecer as verdades eternas do Espírito, que nos fazem partícipes da história da humanidade e nos coloca como futuros conselheiros desse mundo perdido em ilusões e pecados.
 
Se formos mesmo essa geração bendita, não é possível continuar vivendo como homens comuns, correndo atrás de riquezas, empregos maravilhosos, glórias e gozos passageiros. Nossa vida deve ser o mais simples possível, sem grandes necessidades e sonhos terrenos. Só assim, estaremos mais perto de Deus e de Cristo. Não nos esqueçamos de que Paulo também afirmou que o AMOR AO DINHEIRO é a raiz de toda espécie de males (1 Timóteo 6.10). Não apenas de alguns, mas de todos. Essa NÃO PODE ser a preocupação principal da nossa mente. Viver com Deus exige profundas mudanças de conduta. A Palavra afirma que somos deuses (Salmos 82.6) e, por isso, não podemos nos ver com meros personagens da vida temporal, mas sim, de uma vida futura. Isso quer dizer que, depois da morte física, vamos continuar existindo em outro tempo e espaço. A Nova Jerusalém, o Mundo Novo, a Cidade Santa, é o lugar do nosso futuro.
 
Somos mais do que vencedores por causa do Evangelho de Cristo. Vencemos o pecado e temos lutado bravamente contra ele. Caímos e levantamos sabe-se lá quantas vezes. Ficamos aflitos e angustiados, frente a tantas incertezas. Dormimos mal. Somos humilhados por espíritos malignos, por homens maus, por pessoas que desejam nossa derrota. Vivemos em perigo! Por amor a Jesus e temor a Deus, somos mortos todos os dias. Mas Cristo nos tira da morte para a vida, todos os dias. Aleluia!
 
Somos guerreiros do Senhor dos Exércitos. Não lutamos pela posse dos bens terrenos, mas sim porque desejamos os bens eternos. Não poderia ser de outra maneira, uma vez que a Palavra de Deus aponta para esse, e somente esse caminho. Quem afirma que existe fundamento bíblico para a teoria da prosperidade; quem diz que Deus criou você para gozar a vida na terra, distorce os ensinamentos gerais do Escritos Sagrados, pois todos apontam para o céu e para a eternidade existencial da alma.
O versículo 36 de Romanos 8, afirma: “Por Ti somos entregues à morte todo dia”. Não somos entregues ao sofrimento, às provas, aos desafios, às humilhações, por causa da vida mundana, mas por Jesus Cristo, nosso Senhor.
 
Não se quer julgar ninguém, pois Deus, o justo juiz, o fará. E não são poucos os que vão ranger dentes. Mas o homem e a mulher do SENHOR, não podem se calar sob nenhum pretexto, diante de injustiças e das falsas doutrinas de mestres e pastores milagreiros. Não se pode ser omisso diante da mentira e das meias verdades anunciadas no rebanho. Somos o sal da terra e se o sal for insípido; se o sal não salgar, para nada mais presta, senão para ser jogado fora e acabar pisado pelos homens. Não é isso o que queremos para nós. Não é mesmo?! Mãos à obra.